terça-feira, 30 de novembro de 2010

ProEA abre espaço para conversa com pescadores (notícia no portal do Porto)




ProEA abre espaço para conversa com pescadores


Comunidades se fizeram presentes em um ativo bate papo

Manhã de muita troca de informações entre técninos do Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande (ProEA-PRG), representantes da área da pesca e comunidades de pescadores. Este foi o ambiente onde ocorreu a mesa redonda intitulada “Conversas entre os diferentes agentes da pesca” na manhã de hoje (27), na sala do programa, no Porto Velho.

Comunidades de pesca da Barra, Parque Coelho, São Miguel, Mangueira, Barraquinhas, São José do Norte (sede) e São José do Norte (Capivaras) participaram ativamente do bate papo mediado pelo coordenador geral do ProEA, José Vicente Freitas, que tem como um dos objetivos promover esses encontros e proporcionar uma conversa em parceria com os pescadores num ambiente agradável, onde os técnicos possam apresentar seus conhecimentos e os pescadores terem abertura para falarem de seu trabalho, os problemas que encontram na pesca em Rio Grande. O programa também tem por ambição fazer um trabalho contínuo, como o encontro de hoje, com outras comunidades, para tratar dos impactos portuários sobre diversas localidades rio-grandinas.

Um dos pontos destacados nas apresentações foi o da coordenadora técnica do ProEA, Isabel Cristina, que questionou aos pescadores se a cidade/comunidade está participando ativamente dessas mudanças, referindo-se aos investimentos de empresas estão vindo para Rio Grande. Apontou a falta de espaços abertos para a comunidade discutir e receber informações sobre essa nova realidade econômica, social e ambiental que a cidade começa a respirar. E destacou que, mesmo que o município esteja ocupando o terceiro lugar de arrecadação no Estado, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) a cidade cai para o 203º lugar.

Bióloga e membro do Fórum da Lagoa dos Patos, Maria Carolina Dollo Contato, destacou as conquistas do Fórum juntamente com as comunidades de pescadores que foram a portaria 171/1998 e o IN 03/2004. O Fórum compreende as cidades de Rio Grande, Pelotas, São José do Norte, Tavares e São Lourenço. O chefe do escritório regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Luiz Louzada, assinalou o trabalho árduo da instituição em fiscalizar a pesca artesanal e industrial em Rio Grande e levantou as ações que nortearam o escritório regional na cidade como a recente fiscalização do comprimento das redes na pesca de emalhe (Operação Rebojo) e a apreensão de quatro embarcações que carregavam mais de 2,5 quilômetros de comprimento de rede.

O coordenador geral do programa que existe desde 2005 diz que a idéia do programa acima de tudo é a estratégia de se ter o exercício de cidadania. “Precisamos ter a perspectiva, uma leitura da sociedade, um espaço para ouvir o que é dito e o que se tem para dizer”. Para ele o conhecimento se faz na relação, de abrir esses espaços e se ter as leituras adequadas dos problemas que a gente vive. Para o pescador e presidente da Comunidade dos Pescadores de São José do Norte, Tobias Manoel Martins, é muito importante esse tipo de encontro. “Me sinto bem a vontade aqui, essa abertura me faz ter vontade de falar. Sou bem ouvido e atendido por todos, em outros encontros me sinto excluído”, argumenta o pescador.

Fonte:
Raquel de Ávila Santos
Assessoria de Comunicação Social
Superintendência do Porto do Rio Grande

http://www.portoriogrande.com.br/site/noticias_detalhes.php?idNoticia=770

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